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Nova x velha economia: qual é a diferença?

Gráficos e moedas
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 05/05/2022

Digitalização de processos e foco no lucro, mais do que no faturamento, são alguns fatores que distinguem uma da outra

A chamada velha economia consiste na maneira como se dava a produção, a distribuição e a venda de bens até fins da década de 1980. Também a oferta de serviços na velha economia tinha características próprias, as quais mudaram bastante nos dias de hoje.

Alguns atributos da velha economia eram marcantes. Aparecem em filmes de época ou quando se lê estudos acadêmicos sobre ambientes industriais de 20, 30 ou 40 anos atrás.

A velha economia, como dito, não se limitava ao modo como as fábricas funcionavam. Também o setor de serviços operava diferentemente. Aliás, os serviços vêm migrando da velha para a nova economia com muito mais rapidez do que a produção de bens.

Vamos, a seguir, conhecer como era (e segue sendo, dado que a velha economia ainda não foi substituída por completo por sua sucessora, a nova economia) a estrutura de produção em tempos mais antigos.

Velha economia: rigidez, práticas repetitivas, vínculos permanentes

Com algumas mudanças, a velha economia foi o modo como se organizaram os sistemas de geração de riqueza do começo do séc. XIX (início da Revolução Industrial na Inglaterra) ao início dos anos 1980 (quando o avanço tecnológico gerou, aos poucos, a nova economia).

A velha economia tinha os seguintes atributos:

  • A produção de bens se dava em quantidades gigantescas, pois ganhava-se mais dinheiro na escala de produção do que em sua qualidade (embora essa última tivesse também alguma importância);
  • A hierarquia dentro das empresas era muito rígida, e a lealdade do funcionário (não se usava o termo colaborador) à companhia importava tanto, ou mais, do que sua competência;
  • Os operários eram pouco especializados, mas as tarefas que lhes eram dadas não eram muito complexas. O volume produzido e a rapidez no processo constituíam o que de fato importava;
  • Era relativamente comum, ao menos para parte da população, entrar jovem em uma empresa e ali permanecer durante quase toda a vida adulta, só saindo da companhia no momento de aposentar-se;
  • Quase todo o processo produtivo era manual e analógico. Havia poucos robôs na linha de produção;
  • Em se tratando das vendas de bens e serviços, todas ocorriam em lojas físicas. Não existia o comércio online;
  • A regulamentação sobre o trabalho era bastante rígida e complexa, o que, até certo ponto, engessava as relações trabalhistas.

Bem, este foi o mundo de ontem.

Vamos, agora, examinar como se dão as coisas na nova economia.

Nova economia: flexibilidade, criatividade, vínculos fluídos

A primeira vez que se empregou publicamente a expressão nova economia foi em maio de 1983, em um artigo de Charles P. Alexander, publicado na revista Time, intitulado The New Economy.

O texto, brilhante, conseguiu antecipar muito do que só se tornaria realidade vários anos depois na economia americana e mundial – devido ao avanço tecnológico, principalmente, mas também em virtude da entrada da China nos mercados mundiais, dentre outros fatores.

A nova economia, em síntese, tem os seguintes aspectos:

  • A qualidade dos bens produzidos passa a ser muito relevante, pois o consumidor torna-se cada dia mais exigente (no entanto, a escala de produção segue enorme);
  • A hierarquia tem pouca importância nas empresas. O que conta é o que está certo, não quem está certo;
  • Os operários são extremamente especializados, e ganham bem por isso. Em contrapartida, há muito menos trabalhadores nas linhas de produção da nova economia do que havia nos tempos da velha economia;
  • É extremamente raro que uma pessoa fique em uma mesma empresa durante toda sua vida. Colaboradores trocando sempre de emprego são uma característica da nova economia;
  • Quase todo o processo produtivo é digital. As linhas de produção estão repletas de robôs – algumas, na verdade, têm mais robôs do que trabalhadores;
  • As vendas de bens e serviços na internet dispararam, e a tendência é que em breve superem as vendas das lojas físicas. Por esse motivo, muitos destes estabelecimentos estão fechando suas portas;
  • Embora, em alguns países, as leis trabalhistas ainda sejam rígidas, as relações de trabalho entre colaborares e empresas se tornaram bem mais fluídas.

Como lidar com a nova economia

A transição da velha para a nova economia ainda está em andamento, no Brasil e no mundo.

A pandemia de covid-19, é bem verdade, acelerou muito essa transformação. Mas não chegou a completá-la.

É necessário que todos, empresários e colaboradores, saibam como lidar com a atual economia.

Para tanto, uma ótima ideia é contratar a palestra de Eduardo Maróstica a respeito.

Ele é professor do MBA de Empreendedorismo e Novos Negócios na FGV (Fundação Getúlio Vargas), dentre outras qualificações.

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